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A escola ideal de Educação Infantil: isso existe?

Foto do escritor: ConVivência AssessoriaConVivência Assessoria

Atualizado: 4 de nov. de 2019



Chega a hora de escolher uma #escola para o #filho e, com ela, também as dúvidas de muitas

famílias. Os pais visitam, olham, escutam, vão atrás das indicações de escolas mais próximas da sua

casa, que permitam fugir do trânsito e ganhar tempo, priorizam propostas formativas já conhecidas e aprovadas por colegas e familiares.


É importante considerar que essa escolha representa o início de um projeto de vida. Quais

são as expectativas das #famílias? O que esperam que seus filhos aprendam e desenvolvam como

competências e habilidades?


O destaque para o brincar


Em linhas gerais, uma formação que almeja desenvolver a criatividade, a resiliência, a

capacidade de se relacionar bem e de resolver conflitos, pode ser mais facilitada em ambientes

acolhedores às necessidades das crianças, com rotinas flexíveis, que contemplem um currículo com atividades de movimento, arte, literatura, culinária. Isso porque, as #brincadeiras e as interações são os eixos norteadores de uma Educação Infantil que procura desenvolver a criança em sua integralidade.

Sabemos que o brincar é uma linguagem muito importante para a criança. É assim que ela imagina, cria e comunica. Por isso, brincar na Educação Infantil é essencial e o espaço da escola revela claramente se a instituição valoriza ou não esse aspecto!


Aliás, o espaço demonstra tudo e pode até contradizer o que a equipe pedagógica apresenta na teoria.


Os espaços e os materiais


Assim como o corpo fala, o espaço de uma escola também. Começando pelo começo, da

entrada, é importante observar se a escola possui uma identidade, uma história construída com os

pequenos. Exposições de atividades autenticamente produzidas e organizadas pelas próprias

crianças são um bom sinal de que elas têm voz no ambiente e de que, ali, o espaço é delas!


Nesse espaço, as crianças podem circular livremente, demonstrando autonomia e segurança

até para falar com os adultos.

No dia a dia, os móveis e os brinquedos estão na altura das crianças, para que elas possam

acessá-los facilmente, e devidamente instalados, com a manutenção em dia.


As cores e a iluminação dos ambientes ajudam no acolhimento. Em alguns espaços precisa

ser branca, em outros amarela, em outros é preciso ter a combinação das duas e até de mais cores

e ainda ter a possibilidade de brincar com todas elas. Projetores, lanternas, mesas de luz, ajudam

nas experiências de descobertas das crianças. Quem nunca brincou na frente de uma lanterna ou

de um velho retroprojetor? Movimento, imaginação, criação!


As relações


Em uma escola acolhedora, o bom clima de trabalho entre adultos e entre adultos e crianças

é fundamental. A afetividade está presente na receptividade dos adultos para ouvir, observar,

acompanhar, incentivar, ajudar na resolução de conflitos que os pequenos enfrentam no dia a dia.


É importante destacar que abraçar e beijar não significam, necessariamente, que as relações são

afetuosas. Por isso, é fundamental existir um programa de formação continuada dos professores

dentro da escola, para mantê-los atualizados, motivados e também acolhidos pela instituição, para

que possam desempenhar bem a função de educadores, relacionando teoria e prática.


As atividades


É importante considerar que professores mais preparados podem desenvolver uma

metodologia que respeita o desenvolvimento infantil e que não se prende a atividades pré-

estabelecidas. O ideal é que as crianças tenham tempo para pesquisar, criar, usar e experimentar

diferentes materiais não estruturados, com texturas diferentes, como galhos, folhas, madeiras,

caixas de papelão, tecidos, tintas, e que possam também combiná-los com outros materiais

estruturados importantes na simbologia infantil, como bonecos e carrinhos. Essas atividades

podem estar relacionadas com o registro, com a necessidade e a importância de comunicar, de

socializar. Assim, a criança vai aprendendo também a função da escrita como um processo mais

natural e, ao mesmo tempo, necessário para as suas pesquisas e descobertas. Pensando nisso, o

trabalho feito com os livros, com a contação de histórias, com a dramatização, com o teatro e com

a música, ganham um papel central no dia a dia da escola. Um ambiente alfabetizador estimula a

oralidade, brinca com as histórias e com as palavras, cria e amplia o repertório. Por meio das

histórias e das músicas, é possível trabalhar sentimentos e sensações que nem sempre as crianças

conseguem expressar.


Escola e família


Diante disso, não menos importante é trazer a família para se relacionar com a escola,

destacando seu compromisso na educação dos filhos em parceria com a escola. Estar junto,

presente sempre que necessário, participando dos eventos, do cotidiano, colaborando com

sugestões, cobrando e apoiando a escola com uma postura ética e respeitosa, é estabelecer laços

de comunidade que mostram às crianças valores e atitudes para a construção de uma sociedade

aberta ao diálogo e madura para conviver com a diversidade.



Danielle Mari Stapassoli

Pedagoga e assessora pedagógica,

especialista em “Currículo e Prática Educativa” e

“Organização do Trabalho Pedagógico”.

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